A estudante de doutoramento na Nova Medical School da Universidade Nova de Lisboa disse que o trabalho consistiu na aplicação da apolipoproteína J e da paraoxonase-1 para ajudar no diagnóstico do dismetabolismo, sendo que numa primeira abordagem o estudo foi desenvolvido com base numa análise de clusters. “No futuro será provavelmente útil para uma melhor abordagem e eventualmente encontrar estratégias, que permitirão um melhor diagnóstico e um melhor prognóstico das doenças”, referiu.
No que diz respeito às duas proteínas, a Dr.ª Maria João Meneses explicou que têm propriedades anti-inflamatórias e antioxidantes, uma “característica muito conhecida das doenças metabólicas”.
A equipa de investigação utilizou amostras do estudo PREVADIAB2 realizado pela Associação Protectora dos Diabéticos de Portugal (APDP). “Descobrimos quatro clusters, sendo um bastante saudável”, anotou a estudante de doutoramento, que deu especificações do que foi apurado em cada um dos mesmos.
“Com a utilização de apolipoproteína J e da paraoxonase-1, juntamente com parâmetros que são usados na prática clínica, este trabalho permitiu encontrar um grupo de indivíduos e mostrar que provavelmente a utilização destas duas proteínas como biomarcadores poderá ajudar a encontrar um grupo de indivíduos e assim ajudar na estratificação do dismetabolismo”, sublinhou.
Para a Dr.ª Maria João Meneses, levar esta investigação a este encontro foi “uma forma de mostrarmos o nosso trabalho aos nossos pares”. Foi igualmente uma oportunidade de “interagirmos com colaboradores e criarmos novas colaborações, que vão permitir aprofundar este trabalho ou até mesmo implementar as estratégias nas populações, para fortalecer a descoberta”.